Inspirado no texto: "Para além do corpo cravado de likes: a revolução deverá ser lúdica!" - José dos Santos Cabral Filho

A sociedade atual está submersa em uma rede de informações capaz de transcender o tempo e o espaço. Essa ferramenta que, no imaginário de uma geração não muito distante, poderia parecer milagrosa, se mostra potencialmente perigosa. Os ambientes físicos são transformados em virtuais, e com isso, as paredes de tijolos que outrora garantiam a privacidade, se tornam insignificantes diante da capacidade da tecnologia. As fronteiras ciberespaciais são bem mais complexas do que uma mente humana leiga consegue compreender. São como labirintos invisíveis, que, enquanto dão uma vã sensação de liberdade e autonomia, guiam o indivíduo por um caminho predeterminado. Sendo assim, é fácil se perder em um mar de notícias não necessariamente verídicas e fotos de pessoas perfeitas, que não passam de pixels alterados, mas que possuem grande influência no ser de carne e osso que as acessa.
Diante do rompimento do conceito de espaço, surge um paradoxo entre o encurtamento e o aumento das distâncias, no qual é possível tanto aproximar pessoas distantes, quanto afastar as fisicamente próximas.Uma mensagem pode alcançar a outra face da Terra para suprir a falta de um ente querido, na mesma velocidade que seus dados pessoais podem ser roubados. Portanto, é necessário filtrar o uso da rede e estar ciente de que a privacidade que tanto prezamos no mundo real está deixando de existir, para, enfim, desfrutar dos benefícios com segurança.